quinta-feira, 21 de abril de 2016
«Nos meus momentos melancólicos, lamento não ser uma pessoa de esquerda. » Epá, começar assim quando o título do artigo é: ser de esquerda é comprar imunidade vitalícia quer dizer o quê? JPC precisa de imunidade?« Ou, pelo menos, não ter fingido que era, como grande parte das pessoas de esquerda que conheço.» Diz me com quem andas dir-te-ei quem és, as pessoas de esquerda que conheço estão entre as mais verdadeiras e trabalhadoras, que mais dão a quem as emprega, e daí, talvez se poderem arrogar da defesa dos seus direitos e deveres.« Com o meu gosto pela pantomina» JPC tem uma epifania,«eu teria conhecido a ‘doçura da vida’ de que falava o outro sobre a França pré-1789. Os prémios literários já teriam chovido. As honrarias académicas jamais precisariam de trabalho ou mérito. E se o delírio me levasse à política, eu podia impunemente ameaçar ou insultar jornalistas (por mensagem ou em directo); e, alçado a ministro, prometeria violência contra cronistas, classificando qualquer um deles como um demente e um alcoólico incorrigível.» Então os pecadilhos de uns fazem o todo, para este honrado académico? Será que o seu doutoramento também se enche destas larachas? Se não me irritasse tanto, se calhar perdia tempo à procura dessa tese.« Hoje, quando a mocidade me pede conselhos de ‘carreira’, não hesito: primeiro, é preciso ser de esquerda para comprar uma impunidade vitalícia.» JPC, no seu melhor, a fonte da virtude desvanecida em sabedoria de algibeira.« A ‘carreira’, essa, pode ser qualquer uma porque o sucesso já está garantido.» Mais uma vez, a queda na estupidez, tanta vez subestimada, atinge desde o menos qualificado até ao ilustre académico. Haja impunidade para agir é como a leveza do ultraliberalismo subjacente de JPC a querer colar se à luta da esquerda. Um feio exemplo para quem lhe bebe as palavras à procura de orientação.
aertigo original em http://www.cmjornal.xl.pt/…/j…/detalhe/erros_de_calculo.html
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